I
rota seca
rabisquei minha rota
na palma da mão
ando sujo de mim
mas não me perco
II
umidade
tinha a rota desenhada
na argila da palma da mão
andava sujo de mim
mas tinha um norte
mas veio tua fome de loba
e tua língua de chuva
e devorou as pétalas todas
da minha rosa dos ventos
agora saciado e confuso
abro um sorriso de manhã
feito um menino que avistou
pela primeira vez o arco-íris
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